Bom dia!
Durante a semana, escrevi um artigo sobre o grande problema do Brasil.
Vamos lĂĄ com o sunday drops do domingĂŁo. Na newsletter dessa semana, temos:
- 3 artigos, 2 aprendizados e 1 foto da semana
Artigos
Clubhouse
Que aplicativo inusitado. Quando vocĂȘ entra na plataforma, simplesmente hĂĄ mĂșltiplos fĂłruns de discussĂŁo sobre tĂłpicos como tecnologia, meditação, hip-hop, esportes. Participantes desses fĂłruns vĂŁo de Marc Andressen a 21 Savage đ€Ł.
Para muitos, Clubhouse Ă© a rede social mais interessante que surgiu na Ășltima dĂ©cada. A startup entrega uma experiĂȘncia completamente diferente de consumo de conteĂșdo e tambĂ©m abre espaço para novas formas de engajamento entre comunidades. Para conhecer mais sobre todo o hype em torno da startup, recomendo ler:
ou
Apesar do aplicativo ainda nĂŁo estar aberto a qualquer pessoa, jĂĄ estĂĄ nascendo uma cena brasileira. Por exemplo, Flavio Pripas, MD da Redpoint, agendou trĂȘs salas de conversas semanais com pautas relacionadas ao ecossistema tech.
Para entrar no aplicativo, Ă© preciso ser convidado por alguĂ©m que estĂĄ no Clubhouse. Tenho alguns convites disponĂveis e queria fazer esse giveback para vocĂȘs que estĂŁo me apoiando na newsletter hehe. Se vocĂȘ tiver interesse, se inscreve nesse link que te mando o invite.
Venture Capital reencontra investimentos em energias renovĂĄveis
Uma das belezas do mercado de VC é que ele financia revoluçÔes da sociedade. Exemplos? Apple, SpaceX, Google, Airbnb, Uber, Nubank, etc,etc,etc.
Mas hĂĄ um segmento que deveria ser uma das maiores prioridades da sociedade no qual a indĂșstria do Venture Capital tem falhado historicamente: Investimento em soluçÔes sustentĂĄveis no que se refere a natureza e redução dos efeitos climĂĄticos.
O artigo da The Economist, Climate-conscious venture capitalists are back, explora as razĂ”es pelo baixo volume de investimentos durante a Ășltima dĂ©cada e nos fornece uma esperança para o futuro dado que vĂĄrios fundos estĂŁo enxergando oportunidades nesse segmento. O mercado de investimentos de VC em energias renovĂĄveis em 2019 foi de US$36b, sendo que em 2015 o volume foi de US$17b, o que jĂĄ expĂ”e tendĂȘncias de evolução do setor.
PS: Como sei que a The Economist tem acesso limitado, tambĂ©m criei uma pĂĄgina pĂșblica no notion com o pdf da noticia para quem tiver interesse e nĂŁo conseguir acessar via o site do jornal.
Eu assumi que sou abaixo da média
O pequeno artigo " I assume I'm bellow average" mexeu comigo. A real é que a maior parte das pessoas (inclusive eu) tem a percepção otimista sobre suas habilidades, atitudes em relação a média. A verdade é que isso tende a ser uma distopia e para minha vida no momento, prefiro assumir que sou abaixo da média pois eu estarei provavelmente correto e mentalmente abrirei maior espaço para dedicação.
Coisas mais legais que aprendi durante a semana
#1 Por que a Monalisa Ă© o principal quadro do mundo?
Dificilmente hĂĄ um quadro mais popular que a Monalisa de Da Vinci. Seu valor de mercado Ă© inestimĂĄvel e durante essa semana, descobri que a principal razĂŁo pela sua fama nĂŁo decorre apenas do sorriso enigmĂĄtico ou do fundo do quadro que parece estar se movendo. Um dos motivos da sua valorização ser tĂŁo grande foi a grande comoção apĂłs o roubo da obra no Louvre em 1911. Ou seja, grande parte do valor atribuĂdo Ă© mais derivada da "sorte" do que da "habildiade".
Essa aprendizado surgiu ao assistir uma palestra de Michael Mauboussin, que tem um livro fantåstico sobre skill x luck. A parte da Monalisa começa no minuto 22:47.
#2 A revolução do Deep Learning
Olha esse gråfico do relatório da Ark Invest, que expÔe a mudança na forma como os códigos são gerados:
O Deep Learning se apropria de dados para gerar inteligĂȘncia de forma automĂĄtica (Ă© uma subcategoria do Machine Learning). Com a evolução dessa tecnologia, empresas estĂŁo se apropriando para gerar mais valor para o cliente final e as prĂłxima geração de plataformas tende a ter algoritimos de deep learning como uma das fortalezas (olha o tik-tok na imagem abaixo):
Foto da semana
Estou lendo um livro chamado MĂ©tropole a Beira Mar, de Ruy Castro, sobre o Rio de Janeiro moderno dos anos 20. Nele, hĂĄ uma parte que contextualiza a revolta dos 18 do forte ocorrida em Copacabana em 1922, no qual um grupo de militares revoltos com a postura do governo entrou em confronto com uma tropa de menos de 18 pessoas contra todo um exĂ©rcito. As principais reivindicaçÔes do grupo eram em conflito com poder oligĂĄrquico tradicional, que se sustentava principalmente a partir de SĂŁo Paulo e Minas Gerais. Dentre as exigĂȘncias, estavam a instituição do voto secreto â para acabar com o voto de cabresto â e a reforma na educação brasileira.
A foto abaixo, tirada por ZenĂłbio Rodrigo de Couto, mostra um dos momentos de bravura desses rebeliĂ”es no qual as crenças se sobrepuseram atĂ© mesmo a vida. Para os governantes, a rebeliĂŁo foi antipatriĂłtica. Para os comunistas, foi uma rebeliĂŁo burguesa. Para mim, ao ler essa histĂłria, se tornou um dos momentos de maior bravura que tenho referĂȘncia.
Um Ăłtimo domingo e uma boa semana,
Lucas