O texto de hoje é mais um desabafo do que uma análise.
O que te faz único é o que te diferencia.
Se quiser refletir aos domingos, deixe seu email abaixo e junte-se a mais de 11.000 empreendedores e investidores.
O Sunday Drops é apoiado pela Onfly.
Como você faz uma coisa é como você faz tudo.
Se o jogo exige ser excepcional, isso vale pra tudo — inclusive na gestão de viagens.
A Onfly tira sua empresa do básico.
Entrega controle financeiro inteligente e uma experiência muito melhor pra quem viaja.
Produtividade no que importa. Eficiência onde faz diferença.
A Democratização da Mediocridade
Michael Ovitz costuma dizer que a mediocridade é invisível... até que a paixão apareça e passe a expor ela.
A inteligência artificial tornou essa mediocridade não apenas visível, mas barulhenta, massiva e, sobretudo, abundante.
O que antes era silenciosamente medíocre como um artigo mal escrito, um post sem graça no LinkedIn, um trabalho nota seis agora se propaga como um vírus. Antes aceitável, agora sufoca.
A IA elevou o jogo. Ela empurra para baixo quem estava na média e levanta para cima quem é capaz de fazer o que ela não faz: o que é único, diferente, autêntico.
Veja o advogado da sua cidade. Antes, competia com meia dúzia de colegas. Hoje, compete com colegas que usam IA. Amanhã, compete com alguém, em qualquer lugar do país, usando 100 agentes de IA para fazer o mesmo trabalho mais rápido, mais barato e, muitas vezes, melhor.
Isso não é sobre advogados. É sobre qualquer knowledge worker. Jornalistas, consultores, designers, analistas, programadores, escritores.
Antes ser “nota 7” sustentava uma vida confortável. Hoje não mais.
Internet democratizou a informação. IA democratizará a habilidade.
O problema é que as pessoas não se tocaram disso. A maior parte delas ainda otimiza para um jogo seguro e o jogo seguro te entrega a média. Sabe qual o problema? O meio está colapsando.
A história mostra uma lei simples:
O que é abundante perde valor. O que é escasso se valoriza.
O mundo está se concentrando nos extremos.
Nos dois lados vivem os outliers: quem faz o pior... e quem faz o excepcional.
E o que leva alguém para o extremo superior?
Paixão. Obsessão. Coragem. Recursos. E, acima de tudo, autenticidade.
O ponto é que a tecnologia não para de evoluir.
Hoje, os medíocres sofrem.
Amanhã, será a vez dos bons.
Depois, dos excelentes.
Neste mundo de abundância infinita, há apenas um ativo que não pode ser terceirizado: quem você é.
Isto vai contra o que aprendemos: a vida e a escola priorizam nos deixar mediocre em várias habilidades do que fantástico no que somos genuinamente bons, curiosos ou obsessivos. É uma maquina de criar mediocridade.
Jeff Bezos, em sua última carta como CEO da Amazon cujo o nome é “Diferenciação é Sobrevivência”, deixou claro: "O mundo quer que você seja típico: de mil maneiras, ele te puxa pra isso. Não deixe acontecer. A diferenciação tem um preço, e vale a pena."
Naval Ravikant também disse: "Escape da competição através da autenticidade."
Depois de conversar com mais de 50 pessoas incríveis no meu podcast, cheguei a uma constatação:
Todos prosperaram por serem diferentes. E todos, sem exceção, tiveram que pagar o preço de sustentar essa diferença.
Outro paradoxo que é preciso lidar é que as pessoas mais incríveis compartilham da mesma sina das mais marginalizadas: ser diferente.
O mundo te empurra pra ser mais do mesmo.
Te vende playbooks, máquinas, fórmulas, frameworks e grita com a ideia de que fora disso há o fracasso.
A verdade é o oposto .
Se vivemos num mundo hipercompetitivo e saturado, o alfa está em descobrir o que só você consegue fazer. Não no que todo mundo já está fazendo.
Ser diferente não é uma decisão única. É uma série de escolhas desconfortáveis, diárias, que te colocam contra a maré.
Já diria Peter Thiel, todas empresas que dão certo são diferentes: cada uma fez a sua maneira.
Se tem uma coisa que aprendi, é que a coragem de ser autêntico e único não é só rara.
É o ativo mais escasso do mundo.
E, por isso mesmo, o mais valioso.
O mundo está faminto pelo que é escasso.
E isso…
é o excepcional.
Falando em ser único, o episódio desta semana do Sunday Drops Podcast é com Felipe Affonso, sócio-fundador da Cloud9 Capital.
A melhor história para mim é que ele criou o logo da C9 antes de ingressar no Softbank em 2019, mas só empreendeu em 2021 pois era o momento que considerava ter uma tese autêntica de fundo.
O papo reflete o que faz a C9 única, as visões sobre o futuro do software e os elementos de uma boa empresa de tecnologia.
Assista no Spotify, Youtube ou Apple Podcasts.
Adorei a forma como você construiu sua linha de pensamento ao longo do texto (e a sua conclusão também, claro) e gostaria de acrescentar um ponto (que é o que eu acredito que está nos tornando mais burros).
A IA é excelente para quem sabe usá-la. A internet veio para democratizar o acesso à informação. O grande jogo, ao meu ver, é saber filtrar a informação que a gente absorve.
Bom uso da IA = ter em mãos as informações certas + habilidade para utilizá-la.
Como ter em mãos as informações certas?
-> Selecionar as pessoas que você segue;
-> Silenciar os conteúdos que você não quer ter acesso algum (fofoca de influencer, BBB, etc);
-> Saber o que você QUER LER quando você pegar o celular.
Esse negócio de pegar o celular só para ver o que estiver na frente está nos fazendo mal. A gente não seleciona a informação que vai absorver - pelo contrário, a gente que é selecionado por meio dos algoritmos.
Obrigada por compartilhar seus pensamentos aqui!
Sensacional!